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Você já humanizou sua vida hoje?

Parece até moda: tudo agora é humanizado. Parto humanizado, tratamento humanizado, pessoa muito humana. Como se ser humano não fosse uma condição sine qua non da nossa existência, mas uma virtude.

Acontece que, ao longo de todo o século XX, nós, seres humanos, buscamos justamente fugir desta situação de humanos; tentamos transcender através da razão. Racionalizamos os pensamentos, padronizamos os contatos, definimos e determinamos os indivíduos. Com isso, foi possível avançar nos conhecimentos científicos, na tecnologia, na atenção à massa. Mas, por outro lado, perdemos o contato com as pessoas, com a pessoa, não respeitando seus tempos, emoções e desejos. Melhoramos o mundo para todos, pioramos para cada um de nós.
E isso se nota exatamente nos atendimentos. Medicina fria e padronizada, os relacionamentos permeados por apps, as conversas escondidas atrás de telas e rancores. Muita agressividade, falta de empatia; excesso de animosidade, falta de humanidade.
É neste contexto que surgem os profissionais que decidem oferecer atendimentos humanizados. Mais empáticos, mais personalizados, mais acolhedores.

Foi assim que surgiu minha abordagem ao direito de família e das sucessões.
O caminho começou com uma formação baseada na falsa ideia de que ser profissional era tratar as questões das pessoas como um objeto de estudo e trabalho, encaixar pessoas e situações em padrões, em leis e decisões, manter-se afastado e não se envolver.
Em algum momento, ou talvez aos poucos, percebi que quem eu sou como pessoa, amiga, esposa, irmã, minhas convicções, não podiam estar separadas de quem eu sou como profissional.
Eu sinto e levo pra casa os problemas dos clientes. Todos. Durmo e acordo com eles. Eles me transformam e me fazem melhor todos os dias.
Hoje, me permito ser advogada e gente ao mesmo tempo. E isso também passa por ser uma pessoa melhor. Entender mais as pessoas, aceitar mais as diferenças, amar e perdoar.
Não é mais possível para mim a posição cômoda de fingir que sou uma heroína salvando um cliente vítima contra um vilão.
Sou um instrumento, uma ferramenta para ajudar pessoas em dor a passar por um momento em que estão enfraquecidas.
Minha forma de ser mais humana, e de ver a humanidade no próximo.
E você, já se humanizou hoje?

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