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5 formas de economizar no divórcio

 

É muito comum que a separação, que já é um momento difícil, venha acompanhada de um outro grande gerador de estresse: a falta de dinheiro.
E, com o fim do relacionamento, vem novos gastos: os custos judiciais, honorários advocatícios e talvez até impostos inesperados. Além disso, surge a necessidade de custear duas moradias com o dinheiro que sustentava uma. Se o casal tem filhos, as necessidades emocionais das crianças levam, muitas vezes, à necessidade de tratamentos ou reforços escolares; fora a ausência de um dos pais em casa ou o retorno ao mercado de trabalho do genitor que cuidava das crianças, o que gera a necessidade de contratação de babás, transporte escolar, períodos integrais na escola etc.
Enfim, são inúmeros os novos gastos, e quanto menos racionais e mais emocionais forem as decisões, maior a probabilidade do ex-casal se afundar em dívidas.
Como escolher os gastos, nesse momento, evitando os desnecessários?
1) Seja racional. Fuja da ideia de vingança.
No momento da raiva ou medo, as pessoas tomam as piores decisões. Sem calcular as consequências de suas atitudes, já vi “separandos” comprarem ou alugarem imóveis longe do antigo lar, ou por valores muito altos, trocarem de carro, mudarem de país, contratarem financiamentos, abandonarem os negócios da família, perderem boas oportunidades de venda de imóveis ou venderem bens por valores irrisórios, resgatarem bons investimentos, esconderem (e perderem) dinheiro, tirarem os cônjuges e os filhos dos planos de saúde fornecidos gratuitamente por suas empresas, fazerem viagens não planejadas, encherem a dispensa de produtos desnecessários, deixarem bens comuns se destruírem, deixarem de pagar contas, pagando juros e multas altíssimos, terem bens comuns penhorados, proporem ações descabidas e caríssimas uns contra os outros, enfim, aumentarem suas despesas e perderem dinheiro, pelos mais diversos motivos e das mais variadas formas.
Sem perceber, pensando em se vingar ou com medos irracionais, as pessoas pioram as suas condições financeiras, ao ver o outro cônjuge como inimigo. Por isso, espere. Não tome decisões precipitadas.
Acontece que pedir a alguém que está tão abalado, a ponto de se prejudicar sem perceber, que seja racional é um pedido irracional. Por isso, essa orientação vem acompanhada da próxima:
2) Busque acompanhamento psicológico
Parece contraditório pedir a alguém que está sem dinheiro que contraia uma nova despesa com um tratamento psicológico, psicanalítico, um coaching ou a ajuda, durante a separação, de um coach de práticas colaborativas. Mas o fato é que o gasto com uma melhor elaboração da separação poderá significar uma economia (de dinheiro mesmo) em vários outros aspectos. Se a pessoa conseguir ter maior racionalidade em suas escolhas, poderá economizar muito dinheiro com advogados, custas judiciais, perícias, juros, multas, tratamentos médicos, perda de bons negócios e outras más escolhas.

3) O barato sai caro
Desde o começo, contrate bons profissionais. Não tente fazer sozinho. Não escolha somente pelo custo imediato. Escolher um bom profissional especializado na área é importante já que ter que trocar de profissional e refazer estratégias, é uma causa muito comum de altíssimos gastos no processo de separação.
Contratar outros assessores como mediadores, coaches de práticas colaborativas, assessores financeiros, especialistas infanto-juvenis etc., pode parecer um gasto a mais no começo, mas é muito mais barato do que um longo processo judicial, principalmente quando se consideram os seus efeitos colaterais.
4) Escolha certeira quanto à forma da separação
Para a formalização de uma separação será imprescindível a atuação de um advogado. Seja no caso de um divórcio ou dissolução de união estável por escritura pública, quando o casal não tiver filhos menores; seja em um acordo judicial, quando conseguirem chegar a um consenso; seja em um processo de mediação ou práticas colaborativas, quando precisarem de uma forcinha para chegarem ao acordo; ou até mesmo em um litígio, quando nada mais funcionar.
Decidir, no momento certo, qual das opções mais se adequa ao seu caso é uma das formas de se economizar em um divórcio.
Isso porque, se, para o seu caso, o mais indicado forem as práticas colaborativas, por exemplo, uma tentativa anterior de composição amigável por negociação direta entre os cônjuges, pode alterar os ânimos a ponto de impossibilitar qualquer outra tentativa de acordo, tornando necessário um litígio que seria dispensável, com todos os custos inerentes.
Um bom meio para tomar essa decisão é consultar um advogado especializado em direito de família que seja bem familiarizado com os meios adequados de solução de conflitos e práticas colaborativas. Ele poderá orientá-lo sobre cada uma das possibilidades. Inclusive, o casal pode ir junto consultar esse advogado.
5) Tomem decisões inteligentes juntos.
Várias decisões inteligentes podem ajudar a economizar na separação. É certo que, para isso, é recomendável que os demais passos acima tenham sido seguidos, estando o casal orientado por bons profissionais.
Os exemplos de decisões inteligentes são os mais diversos e vão variar de acordo com cada família: usar bem a estrutura familiar, deixando que os avós participem da criação dos filhos, manter moradias próximas, para que os dois pais possam estar com os filhos e levá-los aos seus compromissos, fixar pensão alimentícia em pagamentos diretos das despesas, reduzindo imposto de renda sobre a pensão, calcular a forma de partilha de bens que não haja diferença a gerar incidência do imposto ITCMD.
São infinitas as possibilidades. O necessário é que os dois ex-companheiros enxerguem que estão juntos, buscando as melhores soluções para os dois.

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