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Quero me separar – e agora?

 

Ninguém se casa pensando em se separar. Por isso, quando o divórcio se torna a única opção possível para resolver os problemas, é comum se sentir perdido e sem saber o que fazer. São muitos sentimentos para administrar e pouco conhecimento a respeito dos próximos passos.
Veja a seguir algumas dicas para seguir adiante nesse momento tão complicado:
1) Considere procurar por ajuda psicológica
Apesar de muito comum nos dias de hoje, o divórcio é um dos momentos de maior estresse da vida de uma pessoa. Por esse motivo, por mais forte que você se considere, é altamente recomendado que você procure ajuda profissional para lidar com todos os seus sentimentos. Essa ajuda, inclusive, será de grande valia para a melhor tomada de decisões quanto às questões jurídicas e materiais da separação.
Se tiver filhos, considere também consultar um psicólogo infantil. Esse profissional poderá orientar os pais sobre como abordar a separação com as crianças, como se fortalecer como pais, apesar da separação, além de acompanhá-los, caso haja necessidade.
2) Desarme-se. Abra-se para as possibilidades amigáveis de solução de conflitos.
Por mais ferido que você esteja, raras vezes o litígio é a melhor solução. A briga judicial é cara, lenta e muito dolorosa, principalmente para os filhos. Por isso, tente não pensar (mais) em conflitos e embates. Desde o começo, tente estabelecer um ambiente de confiança com seu ex. É importante procurar desarmar o outro, mostrando a sua boa-fé. Queira muito o acordo. E esteja bem orientado para isso.
3) Procure (logo) um advogado
Ainda que você não tenha certeza sobre a separação, procure um advogado. Em geral, as pessoas têm noções muito limitadas sobre as leis e o Direito e, especialmente, sobre as leis relativas à família. Até mesmo pessoas muito instruídas costumam ter noções totalmente equivocadas sobre guarda de filhos, regimes e partilha de bens, pensão alimentícia etc. Tire todas as suas dúvidas, anote tudo, separe todos os documentos que o seu advogado pedir. Não espere para fazer essa consulta.
É comum que as pessoas tentem resolver sozinhas os seus problemas, deixando a contratação do advogado para o final, apenas para homologar o divórcio. Mas, na separação, as questões são das mais complexas e importantes da vida de alguém: seus filhos, seu patrimônio e sua renda. Tentar resolver sozinho questões tão relevantes, em um momento de grande estresse emocional e sem assistência especializada, pode gerar o que chamamos de escalada do conflito de uma maneira irreversível. Isso quer dizer que o casal, que antes estava conseguindo conversar razoavelmente, pode atingir um nível de desentendimento que inviabilizaria o acordo, tornando inevitáveis as ações judiciais.

4) Escolha um profissional especializado em Direito de Família e das Sucessões e com experiência em Métodos Adequados de Solução de Conflitos (MASC’s)
O Direito é extremamente amplo, por isso é fundamental escolher um profissional especializado na área. Além do conhecimento específico e da prática, a habilidade de lidar com as questões que permeiam um conflito de família pode ser a diferença entre um acordo rápido e feliz e um longo e triste processo judicial.
Mais do que isso: hoje, o processo judicial não é a primeira e nem a única, e está longe de ser a melhor solução para um conflito familiar. Por isso, procure um advogado bem ambientado com a mediação e as práticas colaborativas, e que conheça os mais modernos métodos de negociação ganha-ganha, sem barganha posicional. Esse profissional poderá te explicar todos os possíveis caminhos a seguir, com suas vantagens e desvantagens e te ajudará a avaliar qual é o mais adequado ao seu caso.
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Minha colaboração sobre o assunto já foi publicada no Portal TIM Espaço Mulher, veja aqui!

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